Atividade sobre acessibilidade em residências é realizada na turma do 7° Ano
Para trabalhar questões sobre acessibilidade em residências adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida, temporária ou permanentemente, a professora de Geografia, Suely Takahashi, propôs para os alunos do 7° Ano a realização de uma atividade com o tema: Minha casa é o meu laboratório de pesquisas. A mesma ocorreu a partir do seguinte passo a passo:
1° - Tire fotografias de duas áreas da sua casa escolhidas para o trabalho.
2° - Descreva no seu trabalho, por escrito, como é hoje o cômodo e o que deveria ser feito para atender as necessidades de uma pessoa que tem restrições nos membros superiores ou inferiores, deficiência visual ou é cadeirante. Complemente a informação com a imagem do item similar que está adaptado para comparar com o que você possui em casa. Se sua casa já tiver uma adaptação, faça o relato de como foi feita, para quem foi feita e como tem sido a utilização da mesma.
3° - Elabore uma justificativa para a adaptação do cômodo da casa. Geralmente, as áreas prioritárias para intervenção são a cozinha, o banheiro e o quarto de dormir. Lembre-se de escolher apenas duas áreas.
4° - Apresente o seu trabalho por escrito, no formato PDF, com nome/turma/data.
Após um ano de vida restrita ao lar, devido à pandemia, tivemos a oportunidade de vivenciar o espaço das nossas casas percebendo sutilezas que passaram despercebidas durante anos. Os alunos fizeram diversas pontuações sobre o que mudou em suas casas durante esse período, para melhor atender as necessidades da família, e o que eles acham que ainda pode mudar para deixá-las mais funcionais e acessíveis.
Confira os depoimentos dos alunos sobre a atividade:
“Depois dessas atividades, eu percebi que minha casa não era nada acessível e ser acessível é importantíssimo. Com isso, eu penso que um cadeirante não se sentiria confortável em minha casa e isso é importante, pois assim ele pode sentir que tem mais autonomia, conforto e segurança para sua vida. Nas casas que têm pessoas com deficiência, é importante garantir que elas tenham acesso a todos os cômodos de forma segura e confortável." - Alexandre Graciano Mendonça
“Em minha casa, acho que deveria ter prateleiras mais baixas, pois elas são muito altas e de difícil acesso para pessoas menores." - Henrique Nogueira Paiva
“No meu banheiro tem um box, porém ele é muito pequeno. Então, um cadeirante que queira tomar banho não vai conseguir. E também se tivesse um banquinho para sentar seria melhor ainda para o cadeirante.” - Izabela Alencar Silva
“Eu moro em um apartamento de cobertura e, para subir para a cobertura, é preciso subir uma escada, porém tem degraus muito altos e mesmo se os degraus fossem menores não teria jeito de subir um cadeirante." - Izabela Alencar Silva
“Na foto do meu banheiro é possível reparar que não existem barras de apoio, existe um tapete, o espelho não é inclinado e a privada é alta. Para o lugar se tornar ideal para um idoso usar em segurança, seria necessário barras de apoio para o box do chuveiro e para uma pessoa, que supostamente está sentada na privada, levantar-se de forma segura. O espelho deveria ser inclinado para o idoso não ter de se esforçar para usá-lo e o tapete não deveria estar onde está para prevenir um escorregamento ou tropeço.” - João Vitor Araújo Lopes
“Na varanda, há duas adaptações que foram feitas durante a quarentena. Antes, era escuro, e nem todas as lâmpadas funcionavam, e as paredes tinham uma cor meio coral, mas, as lâmpadas foram trocadas, e as paredes pintadas de uma cor mais clara, como mostra a foto. Mas não só as lâmpadas melhoraram a iluminação, a pintura também ajudou. Cores claras ajudam na iluminação, também!” - Luísa Maria Rezende do Amaral
“A largura da porta do banheiro sem adaptação (padrão) é de 60 cm, já a adaptada tem pelo menos 80 cm. É importante que ocorra essa adaptação em moradias de idosos ou cadeirantes, pois possibilita a passagem com maior facilidade." - Marina Morais Castro
“Em 2018, meu tio Ângelo, irmão da minha mãe, sofreu um AVC e ficou com o lado direito do corpo paralisado. Como ele morava sozinho, minha família teve de fazer várias adaptações. Como exemplos: foi trocada a porta por uma mais larga para a passagem das cadeiras de rodas e de banho, foi retirado o box para que a cadeira de banho pudesse passar, foi trocada a pia por uma arredondada, foi trocado o piso por um antiderrapante, foi trocada a torneira para facilitar a abertura e o fechamento com um simples toque, foram colocadas barras de apoio próximo ao vaso sanitário e o local de banho, foram colocadas barras aéreas para ele se movimentar sem a cadeira de rodas ou muleta." - Matheus Avelar Oliveira
“É necessária a adaptação da cozinha para um cadeirante para ele ter facilidade de se locomover e realizar suas tarefas. Os armários devem ter uma altura ideal para o cadeirante, sendo o mais próximo possível do chão. O fogão e a pia com um vão embaixo para possibilitar o encaixe da cadeira de rodas. Assim, o cadeirante pode ser mais independente com segurança." - Matheus Coaglio Paes Coelho
“Andando por minha casa, percebi que tem algumas adaptações que poderiam ser feitas, por exemplo: Em meu quarto, tem uma cabeceira da altura da cama, mas a cama é muito alta. Então, pensando em minha avó, que tem dificuldade nas pernas, para ela seria difícil usar minha cama. Outra adaptação que acho interessante é a rampa, porque, para chegarmos ao meu quarto, temos que passar por uma escada. E como minha avó tem essa dificuldade nas pernas, para ela não seria nada bom ter que ficar subindo e descendo as escadas." - Melissa Ferraz Caldas de Oliveira
“Para que a cozinha seja adaptável para um deficiente, ela teria que ter armários e pias mais baixas para que os cadeirantes possam alcançá-los e também não ter obstáculos no centro da cozinha para que a cadeira de rodas possa passar tranquilamente por ali." - Nicolle Dias Nunes Carvalhais
“A cama do quarto deveria ser mais baixa, porque atualmente ela é alta. Tinha que ter espaço para cadeira de rodas, pisos antiderrapante, barra de apoio e marcações com relevo no chão. Uma mesa maior para se encaixar em uma cadeira de rodas e uma cômoda baixo para o alcance dos cadeirantes e pessoas com problemas na perna.” - Pedro Gratton de Carvalho
“O primeiro cômodo é a escada do meu prédio, estou mencionado ela pois acho que no lugar dela deveria ter um elevador para os cadeirantes e também para os deficientes visuais pois também é complicado subir a escada. Meu prédio todo é de escada, então realmente acho que se um cadeirante vier morar aqui deveriam colocar um elevador para facilitar.” - Thais Queiroz Rodrigues Moreira
“O corrimão utilizado para o apoio durante a subida das escadas do meu prédio está um pouco solto. Isso pode causar acidentes ou dificuldade para subir as escadas do meu prédio, pois os idosos e os deficientes visuais podem tentar se apoiar no corrimão e, por estar solto, caírem. Algo que pode ser feito para melhorarmos isso é a troca do corrimão e colocar um pouco mais de corrimão, pois na troca de um andar para o outro está sem nenhum local de apoio.” - Thiago Romano Figueiredo de Souza